terça-feira, 28 de abril de 2015

Conheça o Grupo




"...era uma vez uma turma de teatro de uma escola que um dia se "meteu à besta" e decidiu rodar o Brasil"... acho que nossa história pode começar assim, mas antes disso acontecer, muita água passou por debaixo dessa ponte. Então se tiver tempo e coragem pra ler, bóra lá!




Voltemos ao ano de 2011, mais precisamente ao mês de setembro e vamos para um lugar chamado Nothing Hill) Escola de Arte Profº "Francisco Berlingieri Marino" onde um jovem ator assumia, pela primeira vez a responsabilidade de lecionar teatro e reerguer esse curso dentro dessa instituição de ensino. A turma era pequena e o tempo para o final do ano também, mas nasceu uma esquete chamada "Pedro Malasartes e a Panela Mágica", o que deu um gás aos que ficaram e trouxeram novos para o curso.



Chegou 2012, um ano inteirinho para ser trabalhado e preenchido com muita arte, e com ele, novos jovens curiosos por conhecer "esse tal de teatro". O que era uma turma com 5, agora já eram 2 totalizando 12 (ao final do ano) e nessa brincadeira nasceu "Contos de Coronéis e Dragões Numa Colcha de Retalhos" com a ideia de brincar com cordel e criar a fantasiosa história de um dragão devorador de donzelas e um romance ao bom e velho estilo "Eu sou rico, você é pobre, e minha filha não é para o seu bico" com um fim trágico, tudo isso com muita cor, música e fazendo o público usar a imaginação. O resultado foi melhor do que o esperado, porém o grupo é rotativo e a saída de boa parte dos alunos/atores fez com que o espetáculo ficasse apenas na memória.


Já que o mundo não acabou em 2012, veio 2013 e trouxe uma renovação no elenco, deixando sempre aqueles "mais interessados". As turmas cresceram e com isso houve a necessidade de criarmos um "batismo" para os novos, assim veio o " Roda e gira, a gente pira! Gira e pára, a gente encara!" com seu nome enorme e a proposta de um espetáculos de esquetes, onde o público comandaria a sequência das cenas. E como? Com uma roleta! Alguém da platéia (que não escorregasse pela poltrona por medo de ser escolhido) subia ao palco e a girava, assim, o número que parasse era o da cena, fazendo com que o elenco tivesse que estar sempre alerta. Correu tudo otimamente bem, e como a ideia era apenas de "batismo", outra peça foi para a gaveta da nossa memória.



A quantidade de alunos/atores fez com que, diferentemente do ano anterior, as turmas fossem separadas. A Turma da Tarde, mais jovens, ganhou "Histórias para tardes de chuva!", um espetáculo leve, gostoso de assistir e mais gostoso ainda de fazer parte. A história girava em torno de 4 crianças que ficam sozinhos em casa numa tarde, e sem energia, são obrigados a esquecer a tecnologia e a brincar com o melhor dos brinquedos: a imaginação. E assim, o que era uma sala se torna um reino de estrelas, uma aldeia, uma casa de bruxa e até o palco de uma batalha de Piratas por uma sereia. Tudo isso com muitos bonecos e elementos para a criançada se sentir em casa. Infelizmente o espetáculo, como todos os outros anteriores, por diversos motivos, não passou da estreia.


A turma da noite, um pouco mais velhos, ganhou "Judas em Sábado de Aleluia", uma adaptação da obra homônima de Martins Penna que conta as situações acontecidas na casa de José Pimenta, um nobre guarda, quando Faustino entra em sua casa, apaixonado por sua filha Maricota, e acaba ouvindo todas as tramóias que se passam por lá. A comédia, ambientada no inicio do século passado, mostra que tem coisas que nunca mudam... e assim, parafraseando minha última frase, esse espetáculo foi pra gaveta.


Agora chegamos ao ano da graça do senhor de 2014, o ano da tão esperada Copa do Mundo. Copa? Maldita Copa, isso sim! Feriados e jogos que só caiam em dias de ensaio, e assim, um espetáculo que era pra estrear em junho, estreou em setembro. "Um certo Pedro", que viria pra mudar a história desse grupo de quem vos falo há longas linhas. O espetáculo já nasceu com a ideia de não ser mais um engavetado, e cumpriu sua palavra. A proposta era simples: um espetáculo de rua, um texto criado de forma colaborativa envolvendo as duas turmas, com cenário prático e que coubesse num carro, cenas curtas com elenco variado para poder sempre ter alguma pra levar, uma história popular, muita música e pitadas de comédia... deu certo! Foram 8 apresentações nesse ano, passando por 3 cidades e pela primeira vez, fazendo um teatro lotar por nós, e assim, começamos a ficar conhecidos e nossos espetáculos, esperados!

Sem muito tempo pra pensar, veio o "Tantas Luas",. uma história infantil, passada num reino onde quem mandava mesmo, era uma princesinha comilona que para tomar um remédio, pedia que o pai lhe desse a lua de presente presa num pingente. O espetáculo, uma adaptação de uma crônica do comediante inglês James Thurber, era a finalização de ano para a turma da tarde, e pelas diversas saídas no elenco, virou mais um texto na gaveta.


Enfim chegamos ao velório mais comentado dos últimos tempos, "O Velório do Zé Raimundo", baseado em uma história real (...ou quase!). O tempo, assim como com a turma da tarde, jogava contra nós... restava pouco mais de 2 meses e meio para o ano terminar e a turma da noite precisava de um espetáculo pra terminar seu ano. Foi assim que, lembrando das histórias que meu avô sempre nos contou (Sim! Existe um Zé Raimundo!) descobri o caminho para ganharmos o Brasil. Imagine um velório onde não pára de chegar viúvas, e o pior é que nenhuma sabia ou nem ao menos desconfiava da existência da outra... acrescente um amigo bêbado e um padre estressado, é riso na certa. A receita era essa, e o resultado saiu muito melhor do que imaginávamos. Um teatro novamente lotado na estreia e já uma segunda apresentação já marcada para o início de 2015, foi assim que mais um espetáculo que iria pra gaveta, acabou crescendo mais do que o esperado. Outro teatro lotado na segunda apresentação e a ideia maluca: "Vou mandar pra um festival!" Parecia maluquice, colocar nosso espetáculo, encenado por um grupo estudantil, uma comédia pastelão de uma história de família, em um festival em Minas. Pois é, o que era maluquice e uma ideia impensada até pouco tempo, acabou se tornando realidade. Depois disso, vieram várias apresentações e prêmios chegando de festivais, e aquele grupo desconhecido, começou a ser conhecido em várias cidades e por gente de vários cantos do nosso país.


Nosso grupo é estudantil e formado exclusivamente pelos alunos do curso de teatro Escola de Arte Profº Francisco Berlingieri Marino, mas o fato de não "vivermos disso" não nos descredencia de fazer um grande espetáculo. Sabemos sim de nossas limitações, e são elas que nos impulsionam. Somos do tamanho dos nossos sonhos e isso nos faz forte, um grupo grande e unido! Assim, projetamos nosso 2015 com outros espetáculos de qualidade afim de trazer alegria e diversão ao nosso público!

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